domingo, 26 de fevereiro de 2017

Estação recebe exposição sobre biodiversidade em recife de corais, em JP

Exposição permanece em cartaz até o fim do mês de março; entrada é gratuita
 
Mais entretenimento | Em 25/02/2017 às 12h17, atualizado em 25/02/2017 às 12h43 | Por Redação

 
Estação Cabo Branco
Estação Cabo Branco. Divulgação/Secom-JP.

Está aberta para visitação a exposição “Biodiversidade em Recifes de Corais”, no primeiro pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. A exposição permanece em cartaz até o fim do mês de março. O horário de visitação é terça a sexta-feira de 9h às 18h, e sábados, domingos e feriados das 10h às 19h. A entrada é gratuita.
  
Em “Biodiversidade em Recifes de Corais”, o visitante vai encontrar 19 fotografias subaquáticas tiradas de lugares inusitados de autoria de Dhieggo Gomes, que nos transportam, com emoção refletida nas imagens, para a curiosidade sobre o universo subaquático, e ao mesmo tempo valoriza a biodiversidade local em áreas de recifes de corais do Seixas.
 
Seu olhar poético nos remete a uma sensação da “vida pulsante” através do registro de fotografias subaquáticas, onde é possível encontrar organismo, tais como, algas (flutuantes e enraizadas “sob o movimento do mar”), corais (antozoários), peixes (enguia, peixe lagarto, dentre outras espécies de “cores vivas”), anelídeo (poliqueto) e o molusco (tintureiro ou Aplysia).
 
Dhieggo revela, com simplicidade, uma estética criativa e promove um diálogo com o público, explorando a temática “Meio Ambiente”, motivando os espectadores para a real necessidade de uma sensibilização crítica para a conservação.
 
O artista contribui também para uma visão científico-educativa e nos leva e refletir sobre os encantos que a vida marinha nos proporciona, e nos faz pensar que “é preciso conhecer para poder preservar” nosso patrimônio biológico e monumental.



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Conheça o Sci-Hub: o Pirate Bay dos artigos acadêmicos

Plataforma digital dá acesso gratuito a mais de 47 milhões artigos científicos, cujo acesso seria cobrado se acessado através das fontes originais.

por Apolinário e KaNNoN

A cientista da computação cazaquistanesa Alexandra Elbakyan pode ser considerada uma Robin Hood dos tempos modernos: criou o Sci-Hub, uma plataforma digital que dá acesso livre a quase 50 milhões de artigos científicos


Diferente do que se comumente atribui, a história de Robin Hood não é a de roubar dos ricos para dar aos pobres. Na verdade, o herói mítico roubava do governo para dar de volta àqueles que pagavam impostos abusivos. Ou seja, combatia arbitrariedades do Estado, da mesma forma, o Sci-Hub combate a arbitrariedade da escassez artificial criada pelo Estado através da propriedade intelectual, fornecendo gratuitamente artigos acadêmicos para todos.

As razões da criação da plataforma estão descritas na página, “um artigo de investigação é uma publicação especial escrita por cientistas para ser lida por outros cientistas. Os artigos são fontes primárias necessárias para a pesquisa – por exemplo, contém informação detalhada sobre novos resultados e experiências. Neste momento, a mínima distribuição de artigos de investigação, bem como de outras fontes científicas ou educativas, está artificialmente restringida por leis de direitos de autor”.

A filosofia é exatamente essa: dar acesso livre a todos os artigos científicos publicados – até agora, e também no futuro. Esse propósito está, aliás, estampado na página de abertura da plataforma (http://sci-hub.cc), que clama ser a primeira a prosseguir, e a concretizar, este objetivo. Com quase 50 milhões de artigos no seu portfólio, deve estar, aliás, muito perto de conseguir disponibilizar tudo quanto já se publicou no universo das revistas científicas.

Pirateando
O site funciona em três etapas. Primeiro, quem busca algum artigo insere o link ou o código DOI da obra a qual deseja ter acesso. Depois, a plataforma tenta baixar o artigo solicitado buscando por uma cópia no banco de dados LibGen, um banco de conteúdo pirata, que hospeda mais de cem milhões de livros (provavelmente aquele PDF que você nunca encontrou no Google está lá), e que abriu suas portas para trabalhos acadêmicos em 2012 e agora contém mais de 48 milhões de artigos científicos.

No entanto, a terceira etapa é a parte engenhosa do sistema: se LibGen ainda não tiver uma cópia do documento, o Sci-Hub tem uma segunda maneira de ignorar o pedido por pagamento da revista científica: o compartilhamento de senhas. O site conta com uma rede global de compartilhamentos de senhas e acessos a proxies de universidades que disponibilizam para seus estudantes o conteúdo aberto de algumas publicações científicas.

Isso permite que o Sci-Hub encaminhe o usuário direto para o PDF do artigo que ele quer acessar, através de senhas ou proxies universitários, editoras como JSTOR, Springer, Sage e Elsevier. Depois de entregar o artigo para o usuário em questão de segundos, o Sci-Hub doa uma cópia do documento para LibGen, sendo desnecessário acessar novamente o site da universidade na próxima requisição, e o artigo fica então armazenado para sempre, acessível por todos e qualquer um.

Problemas Legais
A popularidade do site atraiu a atenção das editoras de revistas científicas e o caso foi parar na Justiça norte-americana. A cientista cazaquistanesa foi processada pela editora Elsevier, que recorreu aos tribunais para que a justiça obrigasse o fechamento do site, o que de fato aconteceu por alguns dias. No entanto, a jurisdição norte-americana só abarca sites com domínio .com, .net e .org. O site, criado por uma cazaquistanesa e hospedado na Rússia, ressurgiu no domínio .io e a jurisdição norte-americana pouco pode fazer com relação a isso.

Em entrevista ao portal Vox, Alexandra afirmou que é impossível que o site saia do ar, mas alertou que a possibilidade de uma perseguição maior das editoras e dos sistemas de justiça provavelmente a forçariam a tirar o site de um domínio publicamente acessível, e colocar o site em redes descentralizadas e anonimizadas, como o TOR (conhecidas popularmente como deep web).

A cientista faz a distinção entre a questão científica e de materiais acadêmicos e a questão da pirataria na indústria do entretenimento. “Todos os trabalhos no website são escritos por cientistas, que não recebem dinheiro pelo que a Elsevier cobra”, Alexandra ainda invoca o artigo 27º da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, que institui que “todos têm o livre direito de participar na vida cultural da comunidade, de desfrutar da arte e de fazer parte do avanço científico e dos seus benefícios”.

As coisas estão mudando
Em 2008, Aaron Swartz escreveu o “Guerilla Open Access Manifesto“,  e deu sua vida por essa causa. Alexandra, que se define como uma pirata convicta, continua essa luta, mas não sozinha. A batalha contra as editoras de acesso fechado está sendo encampada por cada vez mais pesquisadores. Financiadores de pesquisa acadêmica como o Wellcome Trust estão se unindo a essa batalha, instituindo políticas de acesso aberto que proíbem seus pesquisadores de publicar em revistas com acesso fechado.

Mas nada disso ajuda os pesquisadores que precisam de acesso à ciência que está fechada agora. Da sua parte, Alexandra não está desistindo da luta, apesar da pressão legal crescente. Ela garante que o Sci-Hub não vai parar suas atividades, e tem planos para expandir sua base de dados.

O Sci-Hub pode representar, para a indústria da pesquisa acadêmica o que o Napster representou para a indústria da música. A ciência deve prosseguir cada vez mais livre, aberta e disponível. Os modelos de negócio que quiserem seguir existindo, precisarão se alterar, se atualizar, se modernizar.
 
O papagaio pirata está fora da gaiola, e se a Elsevier, JSTOR ou outros paywalls de conteúdo científico pensam que podem colocá-lo de volta, podem estar muito enganados.


 

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Paraibano busca apoio para fazer mestrado e pesquisa no Paraná


Graduado em 2016, aos 23 anos, em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Paraíba, o pessoense  Nyelson Nonato (foto) foi aprovado para cursar Mestrado em Bioenergia na Universidade Federal do Paraná. De família humilde, precisou recorrer ao financiamento coletivo via Internet para bancar as despesas iniciais - estimadas para um mês - de acomodação em Curitiba, a capital paranaense.

Um apaixonado pela natureza, e cidadão determinado, hoje ele trabalha pesquisando o cultivo de microalgas para fins biotecnológicos, a exemplo da aplicação na farmacologia, indústrias  alimentícias e de biocombustíveis.  E acumula, também, experiência com o cultivo e taxonomia de peixes recifais, ecologia e monitoramento de recifes de corais.

Seu grande objetivo, agora, é conseguir, por meio de novas metodologias e tecnologias científicas, desenvolver ferramentas no cultivo de espécies de microalgas nativas das regiões Sul e Nordeste do Brasil que permitam testar a sua capacidade de produção de lipídeos, proteínas e carboidratos. A seleção de espécies potencialmente produtoras desses compostos é o caminho para  direcionar o seu uso à produção de biocombustíveis.

Na Universidade Federal do Paraná, fará parte do laboratório do Dr. Luiz Pereira Ramos, renomado pesquisador do Departamento de Química que trabalha com aproveitamento tecnológico de recursos renováveis. Lá, a ênfase é em química da madeira, biocatálise e na produção de biocombustíveis líquidos (bioetanol e biodiesel) de primeira, segunda e terceira (microalgas) gerações.

Nyelson Nonato conta que na infância queria ser veterinário. Depois, adolescente, colecionou as melhores notas em Ciências Naturais. Virou monitor de Biologia no ensino médio. E, finalmente, ano passado, conseguiu graduar-se em Ciências Biológicas.


Até aqui, conquistas por mérito pessoal e apoio familiar, principalmente da mãe que pôs a educação do filho sempre à frente do melhor brinquedo ou da roupa nova. Mas, nesta nova etapa, um  gesto de generosidade anônima e cidadã pode alçar, em pouco tempo, o dedicado pesquisador paraibano à galeria dos destacados cientistas nacionais. Foco e determinação ele já mostrou que tem, começando por sua aprovação na concorrida seleção do Mestrado da UFPR, como mostra este documento:



Além disso, com absoluta transparência Nyelson demonstra quanto precisa e de que forma utilizará o dinheiro arrecadado. Veja:

A campanha de Nyelson está no Catarse, primeira e maior plataforma brasileira de crowdfunding (financiamento coletivo via Internet).

Os dados bancários para adesão à causa:
  • Banco do Brasil  – Conta/Poupança: 30.595-2 – Agência: 1619-5

  
 Fonte 


sábado, 11 de fevereiro de 2017

Estão abertas as inscrições para o Congrebio 2017


 
Com o objetivo de debater a importância e as repercussões do profissional Biólogo na sociedade moderna, vários profissionais da área e a Rede Brasileira de Informações Biológicas - REBIBIO estão promovendo o Congresso Nordestino de Biólogos - Congrebio 2017. O evento será realizado em João Pessoa (Paraíba), nos dias 18 e 19 de maio de 2017, com o apoio do Instituto BioEducação, da webrádio Estação Nordestina, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema/UFPB) e outros parceiros.

Os trabalhos completos para serem apresentados na versão 2017 do Congresso Nordestino de Biólogos, poderão ser enviados até o dia 30 de abril de 2017, e devem estar relacionados com um dos seguintes eixos temáticos: ET-01 - Áreas de Atuação do Biólogo, ET-02 - Formação Profissional do Biólogo, ET-03 - História e Filosofia da Biologia, ET-04 - Diretrizes Curriculares para os Cursos de Ciências Biológicas, ET-05 - Relações entre Educação, Ciência e Cultura, ET-06 - Processos de Ensino-Aprendizagem em Biologia, ET-07 - Desenvolvimento de Estratégias Didáticas para o Ensino de Biologia, ET-08 - Educação Não-Formal, bem como ET-09 - Biologia Aplicada. Todos os trabalhos serão publicados em meio digital.

Para a participação das atividades, que inclui palestras, apresentação de trabalhos, mesas-redondas, feira de livros, entre outros, estão confirmados profissionais da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Bahia.

O Congresso Nordestino de Biólogos - Congrebio é uma iniciativa da Rede Brasileira de Informações Biológicas - Rebibio, que teve sua primeira realização em João Pessoa, nos dias 2 e 3 de setembro de 2009, com a participação de cerca de 250 congressistas, entre professores, pesquisadores e estudantes, e tem o objetivo principal de promover encontros sistemáticos de Biólogos no Nordeste do Brasil, que possam favorecer uma maior integração desses profissionais.

Fonte

 


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