sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Se não fosse o SUS, o mundo não saberia da ligação entre Zika Virus e microcefalia

Janeiro 26, 2016
linha do tempo abre

Um Sistema integrado de Saúde pública, universal, e referência para o mundo todo. Isto é o SUS. E embora achemos que ele deva melhorar, não dá pra esquecer que na maioria dos países do mundo a Saúde é privada e quem não tem dinheiro acaba morrendo até de pneumonia, como é por exemplo o caso da Alemanha, do EUA e outros países. No Brasil, com o SUS, todo o atendimento público a saúde é gratuito, até mesmo complicados e caríssimos transplantes de órgãos. Mas um Sistema como o SUS, integrado, permite também identificar rapidamente doenças e relação de doenças com vírus, como acontece agora com o Zika Vírus, que provoca a microcefalia. Ali no Sistema ficam registrados os dados de todos os atendidos pela saúde em qualquer lugar do Brasil, o que permitiu identificar a ligação do Zika Vírus com a microcefalia, coisa que no resto do mundo ainda não havia ocorrido.  Agora, esta registrado, e com este registro identificado, é possível ao SUS e também a OMS – Organização Mundial da Saúde – alertarem a população sobre este vírus. Vai a seguir matéria do Blog da Saúde, do Ministério da Saúde, que mostra a identificação e a rápida reação do Governo Federal e dos órgãos federais e mundias da saúde. Então, ao contrário do que deixam transparecer algumas matérias publicadas na grande mídia, e até mesmo pela dificuldade de comunicação do governo, não se trata de falta de ação na saúde, mas sim de rápida e eficiente ação da saúde pública que permite sabermos e aí combatermos o Zika vírus pelo que ele provoca.
 
Desde que recebeu a notificação de um número atípico de bebês com microcefalia no estado de Pernambuco, o Ministério da Saúde tem concentrado esforços nas investigações dos casos. Da notificação até hoje, várias ações já foram realizadas, inclusive a confirmação da relação entre os casos de microcefalia e a infecção do Zika Vírus durante a gestação. O Ministério atua de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde e conta com o apoio de instituições nacionais e internacionais.
 
Confira a linha do tempo das ações do Ministério da Saúde e as ações de destaque nestes quase três meses de investigações e pesquisas.
 
linha do tempo 

22 de outubro
Notificação e investigação dos casos de microcefalia em Pernambuco
Imediatamente após a notificação, uma Equipe de Resposta Rápida às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde – formada inicialmente por seis profissionais epidemiologistas – viajou para Recife para apoiar as Secretarias de Saúde do estado e dos municípios nas investigações de campo. O fato também foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.

26 de outubro
Ministério da Saúde envia equipe para acompanhar a investigação dos casos no estado de Pernambuco. E a situação foi comunicada à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS).

10 de novembro
Ativação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES)
O Ministério da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), em Brasília. Um mecanismo de gestão de crise, que reúne as diversas áreas para determinar resposta ao evento de forma que o assunto seja tratado como prioridade.

11 de novembro
Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional
Diante da situação, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. O mecanismo está previsto em lei para casos de emergências em saúde pública que demandem medidas urgentes de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.

13 de novembro
Primeiras orientações às gestantes
Para o início imediato da prevenção, o Ministério da Saúde lançou uma série de recomendações para as gestantes a fim de diminuir as infecções com o Vírus Zika.
Confira as orientações na matéria do Blog da Saúde (http://www.blog.saude.gov.br/agenda-ms/50345-orientacoes-as-gestantes-sobre-os-casos-de-microcefalia)

17 novembro
Boletim Epidemiológico de Microcefalia passa a ser divulgado semanalmente pelo Ministério da Saúde.
Divulgado o primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia. Até aquele momento, haviam sido notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete estados da região Nordeste.

18 de novembro
Formulário online notificação imediata das secretarias de saúde
Para aumentar a eficiência da notificação dos casos de microcefalia foi disponibilizado um formulário online para o uso dos gestores e profissionais de saúde de cada estado. Foi acionado o Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional

28 de novembro
Confirmação da relação entre o vírus Zika e a microcefalia
Um exame em um bebê que faleceu pouco após o nascimento no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas confirmou a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia. O Instituto Evandro Chagas identificou em amostras de sangue e tecidos a presença do vírus Zika. Foi uma descoberta inédita na pesquisa científica mundial e fundamental para dar continuidade aos esclarecimentos sobre questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante.

04 de dezembro
Chegada das Forças Armadas em Pernambuco

05 de dezembro
Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia
O Plano criado pelo Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), envolve 19 órgãos e entidades e abrange três eixos: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais foram colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito.

08 de dezembro
Protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika
Foi lançado o protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika com o objetivo de passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. O protocolo orienta a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial.

09 de dezembro
Reunião da presidenta Dilma Rousseff com os governadores.

11 de dezembro
Envio de larvicida para os estados
O Ministério da Saúde enviou larvicida aos estados do Nordeste e Sudeste em quantidade suficiente para tratar um volume de água equivalente a 3.560 piscinas olímpicas. As 17.9 toneladas do produto utilizado para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti são suficientes para proteger 8.9 bilhões de litros de água. O larvicida é utilizado quando não é possível eliminar o foco de água parada, local de reprodução do mosquito.
Início das atividades da Sala Nacional de Coordenação e Controle

14 de dezembro
Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika
O Ministério da Saúde lançou o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, que orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, em todo o País. O principal objetivo do Protocolo é orientar as ações para a atenção às mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas, submetidas ao vírus Zika, e aos nascidos com microcefalia.

17 de dezembro
Esclarecimento de boatos da internet
Para esclarecer os boatos que circularam nas redes sociais, nos aplicativos de bate-papo e informar a população, o Ministério da Saúde intensificou as ações redes. Confira a matéria publicada no Portal Saúde (http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/21291-ministerio-esclarece-boatos-sobre-virus-zika).

18 de dezembro
16 laboratórios em funcionamento para diagnostico Zika
O Ministério da Saúde capacitou 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de Zika, além das cinco unidades referência no Brasil que já realizavam este tipo de exame. Totalizando 16 centros com o conhecimento para fazer o teste.

07 de janeiro
Reforço no combate ao Aedes aegypti no Mato Grosso do Sul
Foram reforçadas, no Mato Grosso do Sul, as ações de combate ao Aedes aegypti. O Plano Emergencial de Vigilância do Combate ao Aedes aegypti no Estado do Mato Grosso do Sul previa um levantamento de focos do mosquito por região. O levantamento foi nserido no sistema e-Endemias do estado, e as informações – como dados de procedimentos de combate, controle, prevenção e redução do índice de infestação do mosquito -, serviram para nortear as ações que serão desenvolvidas em cada município.
08 de janeiro

Plano Emergencial de Enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é lançado no Maranhão
O estado do Maranhão lançou o Plano Emergencial de Enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Com objetivo de fortalecer a rede de assistência à saúde para o enfrentamento da dengue, chikungunya e Zika. O plano estadual visou programar ações e metas com a finalidade de interromper em curto prazo a transmissão das doenças por meio do controle do vetor.

13 de janeiro
Lançamento das diretrizes para estimulação precoce de bebês com microcefalia
O Ministério da Saúde disponibilizou, a todos os profissionais e gestores do país, as Diretrizes de Estimulação Precoce: Crianças de 0 a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia. São orientações aos profissionais das equipes da Atenção Básica e Atenção Especializada para a estimulação precoce. O conteúdo é direcionado às crianças com microcefalia, podendo ser aplicado ainda a outras condições ou agravos de saúde que interfiram no desenvolvimento neuropsicomotor.

15 de janeiro
Governo federal destina R$ 500 milhões extras para combate ao Aedes aegypti e a microcefalia
A presidenta Dilma Rousseff sancionou recurso de R$ 1,27 bilhão para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao mosquito Aedes aegypti, em 2016. A este montante será adicionado R$ 600 milhões destinados à Assistência Financeira Complementar da União para os Agentes de Combate às Endemias. Para intensificar as ações e medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika também foi aprovado R$ 500 milhões extras, sobretudo, por conta da situação de emergência em saúde pública de importância nacional que o país vive.

16 de janeiro
Ministério da Saúde encomendou 500 mil testes para diagnóstico de zika, chikungunya e dengue

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