domingo, 22 de abril de 2018

Evolução rápida transformou um lagarto brasileiro em apenas 15 anos

Gymnodactylus amarali Barbour, 1925 (Squamata: Phyllodactylidae). Fonte: The Reptile Database.


Grupo de pesquisadores, liderado por Mariana Eloy de Amorim, do Laboratório de Fauna e Unidades de Conservação, do Departamento de Engenharia Florestal, da Universidade de Brasília, relatou para as populações de lagartixa comum Gymnodactylus amarali Barbour, 1925 (Squamata: Phyllodactylidae) que come cupins, mudanças morfológica e ecológica paralelas rápidas em resposta à perturbação ambiental causada pelo homem. 

As ilhas faziam parte de um extenso ecossistema terrestre. Em 1997, a criação da Usina Hidrelétrica Serra da Mesa inundou uma área de cerrado no Município de Minacu, em Goiás, fragmentando as partes mais altas em ilhas separadas. As populações em todas as cinco ilhas estudadas têm cabeças proporcionalmente maiores que as populações em cinco locais continentais próximos, adaptadas para a predação cupins. A nova morfologia da ilha é acompanhada por um aumento na amplitude do nicho da dieta, principalmente através da expansão em direção a presas maiores. Esta expansão é provavelmente devida à maior disponibilidade de presas nas ilhas recém-formadas após a extinção de quatro espécies de lagartos maiores que tipicamente também incluíam cupins em suas dietas.

Maiores informações consultar o artigo:

Amorim, M. E.; Schoener, T. W.; Santoro, G. R. C. C.; Lins, A. C. R.; Piovia-Scott, J.; Brandão,
R. A. Lizards on newly created islands independently and rapidly adapt in morphology and diet. PNAS, v. 114, n. 33, p. 8812-8816, 2017. https://doi.org/10.1073/pnas.1709080114


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